O sulfato de glucosamina é um nutracêutico à base de enxofre, glicose e glutamina. Sua biodisponibilidade é essencial à síntese dos:
glicosaminoglicanos (GAG) elemento responsável pela resistência dos tecidos conjuntivos, cujas maiores concentrações se encontram nos tendões e cartilagens, ossos, parede dos vasos sangüíneos e linfáticos; |
proteoglicanos substância fundamental dos líquidos extracelulares, principalmente dos tecidos cartilaginosos como o das juntas e traquéia. |
ácido hialurônico do qual depende o líquido sinovial que amortece os impactos e lubrifica as articulações. |
Se o processo regenerativo das cartilagens, por exemplo, não for perfeito, seja por deficiência nutricional ou enzimática, a cabeça dos ossos fica desprotegida e o atrito gerado pelos movimentos passa a irritá-la e a desgastá-la, gerando a inflamação, a dor e os processos degenerativos típicos dos quadros artríticos. Diante da carência do sulfato de glucosamina na alimentação contemporânea, sua suplementação diária passou a ser caso de saúde pública. Do contrário a tendência é a má formação e deteriorização dos tecidos conjuntivos.
O Potencial Nutracêutico do Sulfato de Glucosamina
O sulfato de glucosamina orgânico mais utilizado como suplemento alimentar é extraído do Krill e das cascas de camarão, caranguejo e lagosta. É uma substância atóxica. Não interfere em qualquer medicamento ou função do organismo. O sulfato de glucosamina funciona como um antiinflamatório e analgésico à medida que a estrutura dos tecidos conjuntivos se regenera. Sua ação difere, portanto, daquela dos medicamentos farmacológicos já que esses não apenas se limitam à supressão dos sintomas como inibem qualquer processo de regeneração dos tecidos e aumenta o grau de acidez do sangue, linfa e líquidos extracelulares. Como o aumento dos níveis de acidez gera a elevação do número de radicais livres. Indiretamente os fármacos intensificam o processo degenerativo e perpetuam a cronicidade dos problemas osteoarticulares. Ignorando a possibilidade de revertê-los, a medicina ortodoxa pontifica que esses quadros só pioram com o passar dos anos. Entretanto, de acordo com a observação de alguns especialistas no assunto: Nas duas primeiras semanas, o potencial analgésico do Ibuprofeno (antiinflamatório não esteroidal) mostrou-se superior ao da glucosamina. No final da oitava semana, porém, aqueles que haviam consumido Ibuprofeno sentiam dores ainda mais intensas do que no início do estudo, enquanto que naqueles que haviam feito uso da glucosamina a dor tinha sido drasticamente reduzida. (Vaz, 1982) O sulfato de glucosamina é a melhor opção via oral para os tratamentos prolongados contra os quadros reumáticos. (Setnikar, 1991) O único problema do sulfato de glucosamina é que sua ação (antiinflamatória) sobre a osteoartrire é mais lenta. (Noack, 1994). O potencial analgésico do sulfato de glucosamina sobre os quadros artríticos está condicionado à regeneração das cartilagens - efeito modificador da doença -, o que o difere dos analgésicos e antiinflamatórios farmacológicos. Por isso, ele deve ser substituído pelos compostos sintéticos ou, no mínimo, ser adotado como nutriente terapêutico. (Ruane 2002) O sulfato de glucosamina funciona como um antiinflamatório sem produzir qualquer efeito colateral adverso. Hua (2002) O fator tempo, relativo à ação do sulfato de glucosamina, entretanto, é imensamente reduzido quando ele se encontra em sinergia com o potencial antiinflamatório e de regeneração tissular do gel da Aloe vera, o sulfato de condroitina e o metil sulfanil metano (MSM), como no Forever Freedom.
O sulfato de glucosamina - um agente condoprotetor
Agentes condoprotetores (ACP) são aqueles que freiam a evolução da doença. Por isso as propriedades anti-reativas e antiartríticas do sulfato de glucosamina fizeram com que ele seja qualificado como tal e utilizado como nutriente modificador da osteoartrite. (Setnikar 1992). Por outro lado, o potencial de ação dos analgésicos, antiinflamatórios não esteroidais e corticóides farmacológicos, sem falar nos seus efeitos colaterais, não vai além do alívio temporário da dor e da inflamação, sem jamais atingir a causa da qual depende o verdadeiro processo de cura.
A BIODISPONIBILIDADE DA GLUCOSAMINA
O sulfato de glucosamina, como suplemento alimentar contra a artrite, é bastante superior à cartilagem animal, devido ao tamanho reduzido de suas moléculas, o que faz com que seu grau de biodisponibilidade seja de até 90%. (Setnikar, 1993) Naturalmente atraídas pelas cartilagens, elas promovem a síntese dos mucopolissacarídeos. Portanto, ele é matéria-prima essencial não apenas à síntese das cartilagens, como dos ossos e das paredes dos brônquios, da bexiga, do útero, do trato gastrintestinal, dos ductos sangüíneos e linfáticos etc.
Conclusão: O sulfato de glucosamina é uma substância orgânica, rapidamente reconhecida e facilmente assimilada pelo organismo, sem contra-indicação alguma. Sua presença não produz estresse oxidativo ou interfere com a ação de qualquer medicamento. Embora já tenha circulado como boato a hipótese de ele provocar a resistência à insulina e aumentar os níveis de açúcar no sangue, as comprovações científicas mostram exatamente o contrário - o sulfato de glucosamina promove a redução ou mantém inalterado o nível de açúcar no sangue. (Rovati, 1999; Echard, 2001; Reginster, 2001) Estudos científicos também atestam sua eficiência contra a degenerescência das juntas da bacia, coluna, cotovelo, dedos, joelhos, maxilar, ombros, punhos, tornozelos etc. (Noyszews-ki, 2001; Aghazadeh Habashi, 2002; Fujita, 2002; Oegema, 2002; Pavelka, 2002; Phoon, 2002).
Por ser mais fácil (e inteligente!) prevenir do que remediar, todos, mas principalmente os atletas e desportistas, pessoas que fazem movimentos repetitivos e as que já passaram dos quarenta anos, deveriam fazer dele um aliado através do seu uso contínuo, já que sua presença é fundamental ao processo de regeneração dos tecidos conjuntivos.